As 4 diferentes atitudes de idosos/as acima de 60 anos e que residem sem companhia foram estudadas em 1983 e após reler o material publicado pelo Journal of Nutrition Education, percebi que o conteúdo tinha interessante coerência e dados importantes para os tempos atuais.
Em dias anteriores comentei neste blog sobre 3 estilos e fatores emergenciais quanto aos hábitos alimentares.
Para os consumidores idosos chamados livremente de "aventureiros sociais" - o alimento é um veículo de interação social e diversão, uma combinação de status social e natureza positiva da vida, receptividade às mudanças. Os consumidores denominados "frugais" - ressaltam o alimento como o sustento basico e necessário para a vida. Os que privilegiam " prazer na qualidade " entendem os alimentos como fonte de prazer na compra, no seu preparo e consumo. A atividade envolve o aspecto qualitativo do alimento como de qualidade superior, e parâmetros de estética sensorial.
Sempre necessario o dinheiro.
Uma última e quarta "atitude de consumidores" - alimentação de idosos/as e que residem sem companhia, é o que foi denominado de " saudável e nutritiva" - a saúde e a nutrição tem tido um enfoque diferente.
As variáveis sócio-econômicas influenciam as atitudes e tendências. As autoras do estudo em 1983 comentam que, pela amostragem, não assumem os resultados como representativos para todas as pessoas que moram sem companhia.
A considerar o tempo decorrido, decadas, poderíamos dizer que nos últimos 20 a 30 anos houve um crescimento dos restaurantes por quilo, explosao de restaurantes e pizzarias e churrascarias, um generalizado hábito de sair para comer, ainda que só, significativo desenvolvimento de alimentos industrializados e aumento da produção agricola.
Muitos afirmam que cozinhar para si mesmo/a em casa não compensa, é trabalhoso e até ficaria mais caro. Isso parece ser consistente com o hábito de muitos idosos/as sairem para restaurantes para o almoço, se o poder aquisitivo permite a opção de alimentar-se em restaurantes diariamente. Pelo menos, verifica-se isso em muitos bairros de S.Paulo, capital.
Idosos/as voltados à saúde e nutrição:
Afirmações feitas -
- Eu leio os rótulos e informações nutricionais das embalagens dos alimentos antes de comprar;
- A informação nutricional por unidade, porção e quantidade ajuda a me programar em obter alimentos mais nutritivos para mim;
- Os rótulos nutricionais conferem maior segurança no alimento que compro;
- Eu me mantenho bem devido aos alimentos nutritivos;
- Eu considero os aspectos de saúde quando compro meus alimentos;
- Eu tento comprar quando algo especial é oferecido;
- Eu procuro comprar alimentos sazonais pois é mais em conta;
- Eu como certos alimentos pois me fazem sentir mais saudável.
( 3 décadas nos separam desses estudos feitos por Marta Axelson e Marjorie Penfield, com crédito à Faculdade de Ecologia Humana, da Universidade de Maryland, e publicados no Journal of Nutrition Education. Aconteceu uma grande mudança no mercado e ampla expansão de alimentos industrializados e segmentados para públicos específicos, a indústria da produção e industrialização desenvolveu-se grandemente e os estudos ficaram cada vez mais profundos com os aspectos de saúde e necessidades específicas ).
Mesmo considerando esses aspectos, o tempo decorrido, as mudanças e melhorias com as décadas e neste século, pareceu-me muito interessante o estudo, e analisar na atualidade as correlações da alimentação de idosos/as com a longevidade. Gostei muito de reler materiais antigos de estudos em hábitos alimentares realizados nos USA.
É de se ressaltar, também, que na década de 80 estávamos engatinhando no Brasil quanto às informações nutricionais em rótulos de produtos alimentares industrializados. Foi uma grande conquista termos obtido a data de validade e prazo de validade em 1984 de forma legível nos alimentos, o que vinha anteriormente em códigos.
Esse passo positivo do Ministerio da Saude contou com o incessante incentivo da area de alimentos do Procon-SP desde o final dos anos 70. Progressos levam anos para serem concretizados.
As retrospectivas de "dados históricos" na realidade dos consumidores de alimentos nos proporcionam instigantes análises do quanto evoluímos em décadas e isso com reflexos e resultados na saude e longevidade de pessoas, familias e populações !
Maria Lucia Zulzke, em S.Paulo - SP - Brasil, em 8 de fevereiro de 2017 - 7: 25 am - quarta-feira.
Em dias anteriores comentei neste blog sobre 3 estilos e fatores emergenciais quanto aos hábitos alimentares.
Para os consumidores idosos chamados livremente de "aventureiros sociais" - o alimento é um veículo de interação social e diversão, uma combinação de status social e natureza positiva da vida, receptividade às mudanças. Os consumidores denominados "frugais" - ressaltam o alimento como o sustento basico e necessário para a vida. Os que privilegiam " prazer na qualidade " entendem os alimentos como fonte de prazer na compra, no seu preparo e consumo. A atividade envolve o aspecto qualitativo do alimento como de qualidade superior, e parâmetros de estética sensorial.
Sempre necessario o dinheiro.
Uma última e quarta "atitude de consumidores" - alimentação de idosos/as e que residem sem companhia, é o que foi denominado de " saudável e nutritiva" - a saúde e a nutrição tem tido um enfoque diferente.
As variáveis sócio-econômicas influenciam as atitudes e tendências. As autoras do estudo em 1983 comentam que, pela amostragem, não assumem os resultados como representativos para todas as pessoas que moram sem companhia.
A considerar o tempo decorrido, decadas, poderíamos dizer que nos últimos 20 a 30 anos houve um crescimento dos restaurantes por quilo, explosao de restaurantes e pizzarias e churrascarias, um generalizado hábito de sair para comer, ainda que só, significativo desenvolvimento de alimentos industrializados e aumento da produção agricola.
Muitos afirmam que cozinhar para si mesmo/a em casa não compensa, é trabalhoso e até ficaria mais caro. Isso parece ser consistente com o hábito de muitos idosos/as sairem para restaurantes para o almoço, se o poder aquisitivo permite a opção de alimentar-se em restaurantes diariamente. Pelo menos, verifica-se isso em muitos bairros de S.Paulo, capital.
Idosos/as voltados à saúde e nutrição:
Afirmações feitas -
- Eu leio os rótulos e informações nutricionais das embalagens dos alimentos antes de comprar;
- A informação nutricional por unidade, porção e quantidade ajuda a me programar em obter alimentos mais nutritivos para mim;
- Os rótulos nutricionais conferem maior segurança no alimento que compro;
- Eu me mantenho bem devido aos alimentos nutritivos;
- Eu considero os aspectos de saúde quando compro meus alimentos;
- Eu tento comprar quando algo especial é oferecido;
- Eu procuro comprar alimentos sazonais pois é mais em conta;
- Eu como certos alimentos pois me fazem sentir mais saudável.
( 3 décadas nos separam desses estudos feitos por Marta Axelson e Marjorie Penfield, com crédito à Faculdade de Ecologia Humana, da Universidade de Maryland, e publicados no Journal of Nutrition Education. Aconteceu uma grande mudança no mercado e ampla expansão de alimentos industrializados e segmentados para públicos específicos, a indústria da produção e industrialização desenvolveu-se grandemente e os estudos ficaram cada vez mais profundos com os aspectos de saúde e necessidades específicas ).
Mesmo considerando esses aspectos, o tempo decorrido, as mudanças e melhorias com as décadas e neste século, pareceu-me muito interessante o estudo, e analisar na atualidade as correlações da alimentação de idosos/as com a longevidade. Gostei muito de reler materiais antigos de estudos em hábitos alimentares realizados nos USA.
É de se ressaltar, também, que na década de 80 estávamos engatinhando no Brasil quanto às informações nutricionais em rótulos de produtos alimentares industrializados. Foi uma grande conquista termos obtido a data de validade e prazo de validade em 1984 de forma legível nos alimentos, o que vinha anteriormente em códigos.
Esse passo positivo do Ministerio da Saude contou com o incessante incentivo da area de alimentos do Procon-SP desde o final dos anos 70. Progressos levam anos para serem concretizados.
As retrospectivas de "dados históricos" na realidade dos consumidores de alimentos nos proporcionam instigantes análises do quanto evoluímos em décadas e isso com reflexos e resultados na saude e longevidade de pessoas, familias e populações !
Maria Lucia Zulzke, em S.Paulo - SP - Brasil, em 8 de fevereiro de 2017 - 7: 25 am - quarta-feira.