Pesquisar este blog

















Valor e Retro-alimentação: contribuição para a vida profissional ou pessoal; compartilhar e disponibilizar informações.































































































































sábado, outubro 29, 2011

Direito de Nascer

Pode ser entendida como atitude formal e diplomática focada em seus habitantes e cidadãos, apenas, mas o Reino Unido e os inúmeros países que integram os países da Coroa Britânica deram a todas as Mulheres do mundo, sem exceção, o direito de NASCER e serem BEM VINDAS !


Posso parecer exagerada e encantada com a história de príncipes e princesas, rainhas e reis, mas este foi o imaginário da minha infância e acredito que, de milhões de crianças.


Estórias de uma rainha ou de um rei, ou um ou outro, de coração imenso, de generosidade imensa e sabedoria adquirida em dores e alegrias, em sonhos e realidade, e entende - além de todos aspectos visíveis da vida, o que é o mais importante na vida, o que resume uma vida seja curta ou de 80, 90 anos, o que resta no coração de alguém idoso/a e é o fundamental  para se ter vivido - traduz-se na alegria e saúde de um filho ou filha. A alegria, dignidade, amor, realização e saúde de nossos descendentes !


Que será, SERÁ ! Deixar que a Natureza fale com liberdade e... pela fé. A decisão da concepção, um dos maiores investimentos de fé de um ser humano temente e consciente.


O grande problema ético no presente - Nascer Mulher ou Homem, frutos de amor deliberado e consciente de um casal ou utilizar-se dos avanços da medicina e manipulação genética para forçar nascimentos conforme expectativas sociais, patrimoniais, formais e não questionadas, milenares ?


Terminariam o imponderável, a evolução dos dois gêneros se houvesse apenas manipulação de material genético, sem critérios e produção em massa - A importância do limite, pois diante da opção racional e pela influência massiva da sociedade, sempre haveria espaço para nascer, com prioridade, o gênero masculino. Que será ? Que será ? Quem se autorizaria a sempre impor sua vontade sobre o que será ?

A pequena Elizabeth, pequena, e futura Rainha Elizabeth II.  Vive como vive, pois não teve irmão !

Vou ao ponto - a decisão da Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, após tantas décadas de reinado, aceitar que a sucessão será por ordem de nascimento, natural, seja menino ou menina, é de um impacto nos hábitos, culturas e procedimento prático de países do mundo que, para mim, foi como uma Declaração 
de Anistia de uma guerra egoísta, surda, dura, cruel, desumana entre os dois gêneros - feminino e masculino. Não bastassem tantos aspectos que os diferenciam ao longo de uma vida...


O mundo já deu todas as demonstrações e por todas as razões deste mundo, a preferência racional para o sexo masculino, jogando à concepção e ao útero feminino um peso imenso, ou seja, gerar um nascimento em conformidade com regras sociais, culturas centenárias e interesses patrimoniais sejam de famílias reais, milionárias ou famílias comuns.


Anistia às Mulheres e Fim da Guerra dos Gêneros sobre o Direito de Nascer !


Sejam Bem Vindas, assim como meninos sempre foram Bem Vindos ! Pois ninguém no mundo pode mudar o amor de um homem por uma mulher e de uma mulher por um homem, e o amor que resulta no fruto desse amor.


A Rainha Elizabeth II com sua decisão, não apenas deliberou sobre a sucessão de seus descendentes, e estendeu sua mão feminina para as mulheres que suplicam por amor e compreensão em todas as raças deste Planeta e, por que não ? piedade para existir - Direito de Nascer do Amor entre um homem e uma mulher !


Il mondo não pode se fechar ao gênero feminino e isso, de forma paradoxal, poderia vir a acontecer... foi um ato que deu o "turning point" cultural sobre os gêneros, por milênios !


Maria Lucia Zulzke, 29 de outubro de 2011, às 10:42 am, em S.Paulo - SP - Brasil.

quarta-feira, outubro 05, 2011

Israel e Palestina - Amós Oz

Difícil entender o interminável conflito e mútuos ataques. 


No dia 03 de outubro, 
quase meia noite, a TV Cultura de S.Paulo mostrou documentário 
de 1 hora, com Amós Oz, sobre a região, histórico e memórias transformadas em romance.
num passeio com vistas para Jerusalém, Amós Oz à direita

Quanto às  memórias de infância, sua vida com os pais, a impossibilidade  dele entender a maior parte das conversas dos pais, em russo, pois não queriam que o filho ouvisse sobre o terror da guerra. Sobre o isolamento da sua mãe lendo romances e vendo a vida pela janela, e a tempestiva decisão  de ir, aos 14 anos, para um kibutz além de trocar sobrenome. Contou sobre a vida em comunidade e não poder usar seu tempo para escrever e inclusive
 precisar de autorização do Conselho do Kibutz para escrever seu romance.


Na noite em que foi votado e aprovado o Estado de Israel ele tem lembranças vívidas e leu trecho de seu livro.

Naquele ano, o rádio era o veículo de informação das pessoas, era 1948, e milhares 

de pessoas agruparam-se nas ruas, mudos e tensos, na escuridão da noite, suas sombras eram vistas pelo menino atrás da veneziana. Ele, com 9 anos espreitava e sentia todo o peso da decisão. Os países iam mostrando seu voto, e eram lidos - Reino Unido contra, Estados Unidos votou a favor e, ao final, a aprovação do Estado de Israel, subiu um clamor de vozes e gritos, não apenas dos vivos, mas de todos
os que haviam lutado e clamado, juntos, momento de imenso júbilo.

O menino saiu nas ruas com seus pais e ficou aconchegado entre eles, quando se abraçaram.
 Escreveu romance de revisão,  memórias,
de entendimento e de perdão.

Os filhos podem ser implacáveis com os pais pois não alcançam os desafios e impossibilidades, limitações e impotência dos adultos diante do Estado e de forças políticas opressivas. As "invisíveis barreiras de aço de governos",  a política, as instituições de poder são incompreensíveis às crianças, adolescentes e mesmo para a maior parte dos adultos.

Há uma idealização nas crianças que os pais podem tudo ! O que poderia um casal
diante de um conflito interminável, preconceitos, implicações de nacionalidade e imigração desejada para um país pacífico porém vendo seu desejo de partir impossibilitado.

Amós Oz é muito doce quando se refere a si mesmo como um menino "sinto muita 
ternura quando penso que existiu essa pessoa (ele, com seus sonhos de menino) que acreditava 
que tudo seria resolvido no futuro".


O livro, diz ele, tem 600 páginas, pelo seu estilo e memórias, vou ler.

  Os países árabes, suas fronteiras, conflitos e ódios étnicos,
são incompreensíveis para mim pela longa duração. 
Documentário poderia ser reprisado mais vezes pela TV CULTURA , prometeram  reprisar, espero que cumpram.
Maria Lucia Zulzke, em S.Paulo - SP - Brasil, 05 de outubro de 2011, às 10: 06 am.