Brasil do século 19 está em meus pensamentos diariamente, desde o início da novela da Globo sobre 1817 e a vinda da jovem princesa Leopoldina da Áustria para o Brasil, a fim de se casar com o então futuro Príncipe Regente Pedro e Primeiro Imperador do Brasil Pedro I. Em 1817, estavam no Brasil a família real portuguesa com o Rei D.João VI e sua Rainha Carlota Joaquina ( retornariam a Portugal deixando seu filho Pedro, como Príncipe Regente).
Faço o possível para não perder essa novela desde março de 2017, reconstituição romanceada dos anos entre 1817 (vinda da princesa) até, talvez 1830. Não tenho como saber qual ano a emissora de televisão e os diretores da novela escolherão para interromper esse intervalo do século 19 no Rio de Janeiro, e decretar o fim da novela.
A minha busca está em conhecer mais como seria a situação dos europeus comuns, das famílias do povo ? Aspectos políticos e sociais aprendi superficialmente nos livros de História Geral, durante meu curso na escola fundamental . Não estudei ciências humanas , nem sociais, e nem me aprofundei em história do Brasil.
Décadas antes da virada do século 18 para 19, na França, são mencionados e cultuados os grandes pensadores e entusiastas da época como Voltaire, Rousseau que publica "O Contrato Social " em 1762 - monarquias, aristocracia, burocracia e população (povo) urbana e rural. Visitei o Pantheon em Paris, com imensa solenidade e admiração, descansam nesse edifício belíssimo, de mármores e tapeçarias, os grandes pensadores do iluminismo e de um sonhado mundo educado, culto de igualdade, fraternidade e liberdade. (Vide foto do espaço da entrada do Pantheon em Paris, em meu blog - www.umlivromeumestre.blogspot.com, 30 de novembro de 2010. Local a ser visitado obrigatoriamente por quem vai até Paris. Lindíssimo e importantíssimo como marco histórico.)
Não só ordem política e social foram alteradas. As estruturas feudais. Noções de higiene começaram a ser disseminadas e em poucas décadas da revolução industrial na Europa, a ordem econômica era totalmente nova. Por séculos, povos isolados na Europa em vilarejos, nas áreas rurais e com estradas péssimas, mercados limitados, com produção caseira de alimentos e roupas foram envolvidos no turbilhão de mudanças da fase inicial da produção industrial e aumenta o consumo de alimentos, rações para o gado no inverno tendo como consequência a duplicação da população da Europa entre 1750 a 1850.(referências obtidas no livro O vôo do Condor, de Apolinário Ternes, 1989.)
Na locomotiva dessas revoluções industriais estava a Inglaterra. A máquina a vapor a partir de 1760 por James Watt que, unindo-se a outro industrial inglês produzem em grande escala máquinas a vapor. A água deu espaço para o vapor como fonte de energia ! A liberdade proporcionada pela mudança de energia hidráulica para energia do vapor , livrou a indústria das imposições geográficas de estar próxima dos cursos de água. Carvão mineral era a matéria prima das máquinas a vapor e a Inglaterra possuía em abundância. As indústrias aglomeraram-se em centros industriais despejando densas nuvens de fumaça. Era o progresso industrial e começava uma época de produção em massa.
Engenheiros ingleses patenteiam formas de transformar ferro em aço; o alemão Siemens em 1867 com a produção de aço na Europa cresce em 30 anos de 80 mil toneladas a 28 milhões de toneladas. Indústrias que conhecemos evoluem: química, siderúrgica, automobilística, têxtil, e em 1867 teríamos a eletricidade com Siemens.( livro "O vôo do Condor")
A lâmpada elétrica tornou-se em 1879 um imenso êxito comercial graças ao físico Thomas Edison e em 1882 foi inaugurada em Nova York a primeira usina de força elétrica que forneceria iluminação para toda a região, ruas e casas. ( referências obtidas do livro "O vôo do Condor", do jornalista Apolinário Ternes.)
Velas e candelabros iluminaram todos nossos ancestrais nos seculos anteriores. Ah, quando num clique, iluminamos nossos ambientes ao cair das noites e nem agradecemos as mentes privilegiadas do passado.
E, finalmente, consegui descrição da motivação de um imigrante do norte da Europa, proveniente de modesta vila nas fronteiras da Rússia, às margens do Báltico - Augusto Emílio Klimmek, nascido em 1879(dois anos depois de meu avô paterno, e no mesmo mês de setembro) - nasceu na Prússia Oriental, em Gregersdorf - órfão, morava com tia numa propriedade rural e adolescente, indignado em dormir na palha e sem direito a uma colher para tomar seu prato de sopa, fugiu, entrou para o exército, aprendeu a ler e escrever, estudou e cruzou o Atlântico para chegar ao Brasil.
Como meu avô, Zulzke, pai de meu pai, chegou sem família no Brasil. Sr Augusto Emilio em 1903 conseguiu seu primeiro emprego no Brasil numa Fundição.
Meu avô, nascido em setembro de 1877, em localidade desconhecida por nossa família, entre Alemanha, Rússia, Prússia, Áustria, Polônia, chegou no final do século 19, alfabetizado, sem família, e instalou-se numa região rural de uma cidade do interior de São Paulo, adquiriu suas terras, plantou, casou-se com uma italiana e tiveram 11 filhos, dentre eles, nasceu meu pai, que ficou como Alberto Jr., o quinto filho. Adorável, correto, trabalhador, afetuoso, comerciante de tecidos e toalhas de banho, cobertores, lençóis, linhas de bordar em cores maravilhosas que eu,crianca, gostava de arrumar em tons. !
Ganhei o livro "O vôo do Condor", ao visitar a fábrica em janeiro de 2000. Grata ! São fabricantes de escovas de dente, vassouras, escovas de limpeza, pincel de barba, pincel de tinta, pentes, entre outros produtos presentes na vida diária do brasileiro/a.
Meu avô teve 11 filhos com a minha avó. Augusto Klimmek teve 6 filhos e 15 netos -meus avós tiveram 37 netos. Bisnetos - 39 por parte de Augusto Klimmek, e meus avós Zulzke tiveram 65 bisnetos . Sou neta de imigrantes e da segunda geração no Brasil - nossa família é constituída de muitos professores, alguns engenheiros, maioria de donas de casa, alguns bancários, administradores de empresas, poucos funcionários públicos, funcionários de empresas, donos de comercio, saudaveis trabalhadores. Na terceira geração, bisnetos, poucos empresários em São Paulo da nossa família, formaram-se medicos, dentistas, psicologos, veterinarios . Eu tive minha empresa de consultoria voltada a cursos e treinamentos de executivos de empresas. Durante 20 anos eu fui enquadrada como "empresária no segmento de serviços "( aulas, cursos e consultoria).
Um disparate , empresaria, era um termo equivocado num ramo onde nos tornamos a ferramenta. Nasci na década de 50, e tive primos e primas-irmãs nascidos na década de 30 e mesmo 20. A minha busca era entender o século 19 na Europa e as desigualdades gritantes. As revoluções constantes, a monarquia em queda e grandes convulsões sociais faziam o terror dos descendentes dos reis e rainhas. A sobrevivência sempre foi um medo atávico de todos seres vivos.
A novela "Novo Mundo" está formatando um cenário de nossas heranças sociais e comportamentais. Inclusive mostra as convenções arraigadas sobre os gêneros masculino e feminino. Artistas eram livres para fingir, ser amigos do príncipe, dos empregados, artistas parecem que contam com maiores oportunidades de trânsito entre a altíssima sociedade e o povo. Cantores e dançarinos/dançarinas também até mesmo hoje estão entre os mais famosos nas redes sociais, com milhões de seguidores.O mundo virtual e a internet é realidade há 30 anos, talvez, popularizada há 20 anos no Brasil. Comunicações instantâneas. As temporadas de música e dança são marcantes em inúmeras cidades brasileiras, em épocas definidas e temporadas com milhões de visitantes. Santa Catarina também não foge dessa atração.
O mercado é feito de vassouras, escovas de dentes, de porcelanas, talheres, computadores, telefones, fogões, geladeiras, móveis, vestuários, medicamentos, transporte, cobertores, lençóis, toalhas de banho, toalhas de mesa, cadernos, livros, discos, televisores, celulares, bebidas, comidas, plantas - necessidades básicas e essenciais, serviços básicos e essenciais, produtos básicos e essenciais, e os entretenimentos e diversões, segurança e ordem, acesso à educação, alfabetização e leitura. Interação entre mercados, povos e regiões, países e produtores.
Maria Lucia Zulzke, em 20 de julho de 2017, em S.Paulo - SP- Brasil, numa quinta-feira, e o sol apareceu depois de 2 dias nublados e com gelo nos estados do sul e muito frio ( para nós) menos de 10 graus celsius e em estados do sul 7 graus negativos. Isso é motivo de muita perplexidade para um país tropical. Mas é inverno, tudo está certo.
Faço o possível para não perder essa novela desde março de 2017, reconstituição romanceada dos anos entre 1817 (vinda da princesa) até, talvez 1830. Não tenho como saber qual ano a emissora de televisão e os diretores da novela escolherão para interromper esse intervalo do século 19 no Rio de Janeiro, e decretar o fim da novela.
A minha busca está em conhecer mais como seria a situação dos europeus comuns, das famílias do povo ? Aspectos políticos e sociais aprendi superficialmente nos livros de História Geral, durante meu curso na escola fundamental . Não estudei ciências humanas , nem sociais, e nem me aprofundei em história do Brasil.
Décadas antes da virada do século 18 para 19, na França, são mencionados e cultuados os grandes pensadores e entusiastas da época como Voltaire, Rousseau que publica "O Contrato Social " em 1762 - monarquias, aristocracia, burocracia e população (povo) urbana e rural. Visitei o Pantheon em Paris, com imensa solenidade e admiração, descansam nesse edifício belíssimo, de mármores e tapeçarias, os grandes pensadores do iluminismo e de um sonhado mundo educado, culto de igualdade, fraternidade e liberdade. (Vide foto do espaço da entrada do Pantheon em Paris, em meu blog - www.umlivromeumestre.blogspot.com, 30 de novembro de 2010. Local a ser visitado obrigatoriamente por quem vai até Paris. Lindíssimo e importantíssimo como marco histórico.)
Não só ordem política e social foram alteradas. As estruturas feudais. Noções de higiene começaram a ser disseminadas e em poucas décadas da revolução industrial na Europa, a ordem econômica era totalmente nova. Por séculos, povos isolados na Europa em vilarejos, nas áreas rurais e com estradas péssimas, mercados limitados, com produção caseira de alimentos e roupas foram envolvidos no turbilhão de mudanças da fase inicial da produção industrial e aumenta o consumo de alimentos, rações para o gado no inverno tendo como consequência a duplicação da população da Europa entre 1750 a 1850.(referências obtidas no livro O vôo do Condor, de Apolinário Ternes, 1989.)
Na locomotiva dessas revoluções industriais estava a Inglaterra. A máquina a vapor a partir de 1760 por James Watt que, unindo-se a outro industrial inglês produzem em grande escala máquinas a vapor. A água deu espaço para o vapor como fonte de energia ! A liberdade proporcionada pela mudança de energia hidráulica para energia do vapor , livrou a indústria das imposições geográficas de estar próxima dos cursos de água. Carvão mineral era a matéria prima das máquinas a vapor e a Inglaterra possuía em abundância. As indústrias aglomeraram-se em centros industriais despejando densas nuvens de fumaça. Era o progresso industrial e começava uma época de produção em massa.
Engenheiros ingleses patenteiam formas de transformar ferro em aço; o alemão Siemens em 1867 com a produção de aço na Europa cresce em 30 anos de 80 mil toneladas a 28 milhões de toneladas. Indústrias que conhecemos evoluem: química, siderúrgica, automobilística, têxtil, e em 1867 teríamos a eletricidade com Siemens.( livro "O vôo do Condor")
A lâmpada elétrica tornou-se em 1879 um imenso êxito comercial graças ao físico Thomas Edison e em 1882 foi inaugurada em Nova York a primeira usina de força elétrica que forneceria iluminação para toda a região, ruas e casas. ( referências obtidas do livro "O vôo do Condor", do jornalista Apolinário Ternes.)
Velas e candelabros iluminaram todos nossos ancestrais nos seculos anteriores. Ah, quando num clique, iluminamos nossos ambientes ao cair das noites e nem agradecemos as mentes privilegiadas do passado.
E, finalmente, consegui descrição da motivação de um imigrante do norte da Europa, proveniente de modesta vila nas fronteiras da Rússia, às margens do Báltico - Augusto Emílio Klimmek, nascido em 1879(dois anos depois de meu avô paterno, e no mesmo mês de setembro) - nasceu na Prússia Oriental, em Gregersdorf - órfão, morava com tia numa propriedade rural e adolescente, indignado em dormir na palha e sem direito a uma colher para tomar seu prato de sopa, fugiu, entrou para o exército, aprendeu a ler e escrever, estudou e cruzou o Atlântico para chegar ao Brasil.
Como meu avô, Zulzke, pai de meu pai, chegou sem família no Brasil. Sr Augusto Emilio em 1903 conseguiu seu primeiro emprego no Brasil numa Fundição.
Meu avô, nascido em setembro de 1877, em localidade desconhecida por nossa família, entre Alemanha, Rússia, Prússia, Áustria, Polônia, chegou no final do século 19, alfabetizado, sem família, e instalou-se numa região rural de uma cidade do interior de São Paulo, adquiriu suas terras, plantou, casou-se com uma italiana e tiveram 11 filhos, dentre eles, nasceu meu pai, que ficou como Alberto Jr., o quinto filho. Adorável, correto, trabalhador, afetuoso, comerciante de tecidos e toalhas de banho, cobertores, lençóis, linhas de bordar em cores maravilhosas que eu,crianca, gostava de arrumar em tons. !
Ganhei o livro "O vôo do Condor", ao visitar a fábrica em janeiro de 2000. Grata ! São fabricantes de escovas de dente, vassouras, escovas de limpeza, pincel de barba, pincel de tinta, pentes, entre outros produtos presentes na vida diária do brasileiro/a.
Meu avô teve 11 filhos com a minha avó. Augusto Klimmek teve 6 filhos e 15 netos -meus avós tiveram 37 netos. Bisnetos - 39 por parte de Augusto Klimmek, e meus avós Zulzke tiveram 65 bisnetos . Sou neta de imigrantes e da segunda geração no Brasil - nossa família é constituída de muitos professores, alguns engenheiros, maioria de donas de casa, alguns bancários, administradores de empresas, poucos funcionários públicos, funcionários de empresas, donos de comercio, saudaveis trabalhadores. Na terceira geração, bisnetos, poucos empresários em São Paulo da nossa família, formaram-se medicos, dentistas, psicologos, veterinarios . Eu tive minha empresa de consultoria voltada a cursos e treinamentos de executivos de empresas. Durante 20 anos eu fui enquadrada como "empresária no segmento de serviços "( aulas, cursos e consultoria).
Um disparate , empresaria, era um termo equivocado num ramo onde nos tornamos a ferramenta. Nasci na década de 50, e tive primos e primas-irmãs nascidos na década de 30 e mesmo 20. A minha busca era entender o século 19 na Europa e as desigualdades gritantes. As revoluções constantes, a monarquia em queda e grandes convulsões sociais faziam o terror dos descendentes dos reis e rainhas. A sobrevivência sempre foi um medo atávico de todos seres vivos.
A novela "Novo Mundo" está formatando um cenário de nossas heranças sociais e comportamentais. Inclusive mostra as convenções arraigadas sobre os gêneros masculino e feminino. Artistas eram livres para fingir, ser amigos do príncipe, dos empregados, artistas parecem que contam com maiores oportunidades de trânsito entre a altíssima sociedade e o povo. Cantores e dançarinos/dançarinas também até mesmo hoje estão entre os mais famosos nas redes sociais, com milhões de seguidores.O mundo virtual e a internet é realidade há 30 anos, talvez, popularizada há 20 anos no Brasil. Comunicações instantâneas. As temporadas de música e dança são marcantes em inúmeras cidades brasileiras, em épocas definidas e temporadas com milhões de visitantes. Santa Catarina também não foge dessa atração.
O mercado é feito de vassouras, escovas de dentes, de porcelanas, talheres, computadores, telefones, fogões, geladeiras, móveis, vestuários, medicamentos, transporte, cobertores, lençóis, toalhas de banho, toalhas de mesa, cadernos, livros, discos, televisores, celulares, bebidas, comidas, plantas - necessidades básicas e essenciais, serviços básicos e essenciais, produtos básicos e essenciais, e os entretenimentos e diversões, segurança e ordem, acesso à educação, alfabetização e leitura. Interação entre mercados, povos e regiões, países e produtores.
Maria Lucia Zulzke, em 20 de julho de 2017, em S.Paulo - SP- Brasil, numa quinta-feira, e o sol apareceu depois de 2 dias nublados e com gelo nos estados do sul e muito frio ( para nós) menos de 10 graus celsius e em estados do sul 7 graus negativos. Isso é motivo de muita perplexidade para um país tropical. Mas é inverno, tudo está certo.
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