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Valor e Retro-alimentação: contribuição para a vida profissional ou pessoal; compartilhar e disponibilizar informações.































































































































domingo, maio 28, 2017

Documentário Musical - Wanderlea

Como esse " Década de 60 - década de arromba" eu nunca havia assistido um documentário musical.

Festas de 15 anos, inclusive da minha filha mais nova, festas de casamentos em geral, comemorações de bodas de casamento etc usam documentários musicais com fotos marcantes das várias fases das vidas e com fundo musical. Depois todos dançam, os homenageados dançam e acontece uma festa !

No Teatro NET, no Shopping Vila Olimpia em S.Paulo, até meados de junho está o documentário musical que ficou meses no Rio de Janeiro e agora ganha total sucesso de casa cheia em S.Paulo, capital.

Muito bem produzido, o documentário musical, apresenta com vários recursos visuais fatos, documentos, fotos, acontecimentos, programas de televisão ao longo da década de 60.

Quem tem memória musical irá amar esse show.

A platéia canta ! Cantores, dançarinos, orquestra, entretenimento com a platéia, algumas apresentações de cenários na platéia e, ao final do primeiro ato, a estrela brasileira do final da década de 60 - deslumbrante e encantadora, em total forma e cabeleira intacta maravilhosa, surge Wanderlea e canta "Sr. Juiz " com os atores, canta "Uma vez você falou que era meu o seu amor...." .... entre outros sucessos marcantes de sua história musical.

Há o carnaval e suas marchinhas.

Há fatos nos USA.

Há fatos dramáticos e da nossa memória. Quase tudo é absolutamente público - memória pública.

Poucos dias mais para quem puder estar em S.Paulo.

Preciso dizer, hoje, pela manhã, meus cabelos estavam muito mais brancos ainda ! Sorri ! Não havia ninguém em minha casa para comentar, sintonizar minhas emoções afloradas. Wanderléa passeou pela platéia,  veio ao nosso lado, parou do nosso lado, olhou uma a uma das pessoas nos olhos,  pudemos nos olhar - olhos nos olhos - mulheres vividas, sofridas, resistentes, um imenso público emocionada, ela canta !  Quanto foi vivido ! Ela tão linda, roupas de gala, lindas, lindas, figurino refinado. O teatro lotadíssimo. É preciso saber viver....

Os cantores, dançarinos, orquestra, todos jovens maravilhosos e talentosos. Um show. Montagem bacanérrima.

Patrocínio do Ministério e Secretaria da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, e Bradesco Seguros.

O show não nos "deixa lavar a alma"  - foram quase 6 décadas vividas de imensas dores e alegrias, revoluções nos costumes, no vestuário, na entrada de saias curtas, nas mortes, e incontáveis fatos marcantes políticos. São mais de 2 horas de duração !

Um dos símbolos populares da década de 60 no Brasil, a entrada do "Fusca" - popularizar a indústria automobilística no país.


Um dos carros populares da década de 60. O rádio começou em 1922. Filmes marcantes, fatos marcantes e inesquecíveis. Tudo na memória !


Maria Lucia Zulzke, em 28 de maio de 2017, domingo nublado e frio em S.Paulo - SP - Brasil. 10 horas am. Todos meus discos de vinil serão ouvidos da década de 60 na minha velha eletrola que funciona perfeitamente ! Viva a música e a juventude de boa fé!






sexta-feira, maio 26, 2017

Novo Mundo - século 19

Pela manhã desta sexta-feira, dia 26 de maio de 2017, assisti uma pequena aula didática de 30 minutos sobre histórias da História do Brasil, pela TV CULTURA - S.Paulo, coordenada pelo professor Marco Antonio Villa.

Associei o programa + informações dos livros lidos de Laurentino Gomes  e a atual novela das 18 horas da TV GLOBO - "Novo Mundo" e a época da vinda de meus avós da Europa.

Eu mal consigo ter uma tênue visão do que seria viver naquelas décadas de imensas tensões sociais, políticas, agrícolas, territoriais, econômicas e de produção na Europa, Oriente e Américas. Mulheres negociadas, escravizadas, analfabetas e submissas. Século 19 foi quando houve unificação da Itália e territórios/ impérios redesenhados na Europa, colônias pelo mundo todo.

A escravidão no Brasil era negócio rentável e legalizado para os fazendeiros, para comerciantes que dela se utilizavam e mantinham riquezas, enfim, quem tivesse dinheiro e condições e oportunidade comprava pessoas de origem africana ou branco pobre.

Foi um sistema fortemente alicerçado em comércio escravo por alguns países europeus (foi mencionada a França fazendo tráfico de escravos da África para o Caribe e Brasil) - outras referências e filme ( Amistad - filme de Spielberg) baseado em fatos reais sobre navios negreiros e a escravidão nos Estados Unidos e as rotas de Tráfico Humano pelo Caribe/Cuba) mostram a Espanha com esse mesmo tipo de comércio da gente africana de vários tribos - estatura alta, forte e guerreira.

Após a libertação dos escravos, em 13 de maio de 1888,  pela Princesa Isabel, as fazendas do Vale o Paraíba ( como foi mencionado no programa ) cuja riqueza baseava-se em 60% na força da mão de obra africana e escrava, sofreram uma quebradeira geral, pois conseguiam seus empréstimos em bancos, hipotecando ativos - a valiosa mão de obra escrava ( havia intenso mercado de escravos e escravas ).

Após a lei áurea, de imediato, os fazendeiros perderam seus recursos em mão de obra, os escravos não mais ficaram nas fazendas sob a opressão de feitores mas foram libertos sem preparo. As cidades fantasmas restaram abandonadas no Vale do Paraíba ( programa TV CULTURA).

As senzalas, como diz a TV CULTURA, eram autênticas prisões. Escravos saiam durante o dia para trabalhar sob a supervisão de feitores - agricultura ou na casa grande, cana de açúcar, café e outras culturas, derrubavam florestas e à noite, as senzalas eram trancadas por fora.

Depois de 100 anos, após a libertação dos escravos, o Brasil reformulou sua Constituição - 1988.

Novela da Globo : O reinado de Pedro I - um dos mais importantes personagens centrais da novela "Novo Mundo" dura pouco, como Príncipe Regente e Imperador. Sua primeira esposa, a Princesa Leopoldina, jovem e linda no elenco, culta e refinada, uma das herdeiras  do Império Austro- Húngaro, fortíssimo na época e muito rico. Ela viaja durante 5 meses de navio entre Áustria e Brasil, decidida a fazer tudo certo com seus sogros - Rei Dom João e a Rainha espanhola Carlota Joaquina. Ela chega no Rio de Janeiro, Brasil,  em novembro de 1817 - irá morrer muito pouco depois de ter 5 filhos ( algumas referências às suas perdas e a novela ressalta sua dor na perda do filho com 2 anos e o tormento das ausências súbitas e a permanente infidelidade do impulsivo esposo Pedro I tornam-na sem forças e triste - carta escrita pela Princesa Leopoldina a uma de suas irmãs ) - Pedro I voltará com sua segunda esposa para Portugal, em 1831, deixando filhas do seu primeiro casamento  e seu pequeno herdeiro Pedro II no Brasil com 5 anos sob a orientação do tutor José Bonifácio de Andrada e Silva.

A Independência foi proclamada em 1822.

A monarquia continuaria até 1889 e Pedro II é exilado na Europa e morrerá 2 anos depois em 1891, com 66 anos de idade.

Nesse ambiente brasileiro e europeu, no final do século 19, adolescentes, chegaram 2 de meus avós da Europa - meu avô nascido em 1877 e minha avó vinda da Itália - registros de desembarque da família Federighi de minha avó paterna estavam no Museu dos Imigrantes logo após anos 2000 - 2002 porém, não os localizei recentemente - minha avó ficou só e a família retornou para a Itália - casal e filhos. Ela casou-se com meu avô paterno que, de acordo com uma de suas filhas, falecida, tornou-se vice-prefeito de uma cidade do interior de São Paulo e viveram em suas próprias terras em área rural. Tiveram 11 filhos - 6  homens e 5 mulheres, todos sobreviveram com saúde até a maturidade e velhice ( 95, 99 anos, duas irmas de meu pai).

Nos primeiros anos do século 20, chegaram casados meus 2 outros avós - maternos -  proprietários de terras na região de Lucca, Itália e estabeleceram-se na cidade de Campinas. Tiveram 7 filhos, todos sobreviveram até a velhice,  com educação, religiosidade e casaram-se, tiveram filhos/as, netos/as e bisnetos/as, tataranetos/as. Eu sou neta direta desses 4 afetuosos e amorosos, trabalhadores europeus que se adaptaram e sobreviveram aos difíceis anos das primeiras 6 décadas do século 20 no Brasil e mundo.

Os duros sistemas opressores para nós, descendentes desses 4 rígidos e modestos europeus, talvez nunca tenham chegado perto da família, imagino que não chegaram, felizmente.

Seus descendentes viveram com simplicidade e tenacidade , estudaram engenharia, pedagogia, medicina, contabilidade, farmácia, administração de empresas, artes plásticas, veterinária entre outras profissões e tiveram uma relação afetuosa e protetora entre eles e seus descendentes, respeitosa com empregados e trabalhadores de suas famílias.

A crise ecológica, como menciona o programa desta manhã - 7:30 hs na TV CULTURA, aconteceu em 1870. Derrubar florestas virou alto negócio e a riqueza do campo migrou para a devastação das florestas transformadas em madeira para queima ou comércio e exportação. E,  nesses 200 anos, estabeleceu-se a industrialização em massa, as fábricas e suas fumaças, foram criados o telefone, luz elétrica, automóvel, aviões, TV e houve desenvolvimento tecnológico imenso.

Reler os livros de Laurentino Gomes e continuar a assistir a novela "Novo Mundo " - os dias pareciam longos para a família real, para o casal real, as viagens de navio entre Europa e Brasil levavam 5 meses. Tantos fatos políticos, traições, espiões e interesses conflitantes de Brasil, Portugal e países europeus. A Princesa Leopoldina morreria triste em poucos anos após sua chegada e o Príncipe Pedro I perderia seu reinado no Brasil em 1831, voltando para Portugal.

Escravidão de negros, do século 17 ao final do século 19- no Brasil, foi formalmente encerrada em 1888 pela lei áurea.


Maria Lucia Zulzke, em 26 de maio de 2017, antes das 9 am. de S.Paulo - capital - Brasil - dói no coração repensar tantas lutas e lutas de poder, interesses financeiros, negócios e comércio de pessoas, desrespeito aos sentimentos humanos - início da  devastação das florestas.










segunda-feira, maio 22, 2017

Consciência e experiência



Lembrar para muitos é insanidade, para outros, é sobreviver com maior consciência, experiência e precauções.

Lembro da minha primeira infância, eventos, fatos, reações de mais velhos, olhares - flashes da primeira infância.

Lembro da adolescência - registros e sentimentos mais elaborados.

Enfim, lembro. Lembrar para mim é ótimo e me ajuda demais em tomadas atuais de decisões. Dilacera-me ter sido cega em demonstrações de evidentes futuros problemas mas eu não queria mesmo acreditar que algo não fosse dar certo. Não deu certo !

Dilacera-me ter tido intuições e ter procurado testá-las e as intuições estarem certas. Perdi bastante dinheiro.

Arrepia-me quem fica com olhos brilhantes se relato algum problema. É alguém que está se deliciando com minhas atribulações.

Chegou um dia, hoje, 22 de maio de 2017, para dizer que é foi bom ter ultrapassado 65 anos. O maior desassossego é perceber com espanto que os jovens não nos levam muito a sério, ou que julgam ser " sinais de envelhecimento" algumas precauções.

Entrei numa fila preferencial de idosos/as e uma moça com menos de 40 anos virou as costas para mim, protesto válido, porém mantive minha posição, era um serviço muito rápido que eu precisaria utilizar. Uma moça, com menos de 40 anos, preconceituosa contra uma idosa jovem de mais de 60 anos. Ambas de cabelos castanhos, pele branca e olhos castanhos. Ninguém chique e ninguém pobre, num mesmo ambiente - preconceito de idade.

Conversei com uma jovem mãe, inteligente, dentista, 3 filhinhos. A mãe com perto de 70 anos, mudou-se para Santos, na esperança de passar a velhice por lá, porém, não se acostumou e finalmente lhe confessou que chora a viagem inteira quando se despede dos netinhos. A filha, de bom coração, disse-me que ama sua mãe e vai ajudá-la a voltar a morar perto dela na cidade de S.Paulo.

Conheci tias que, após aposentadoria, mudaram-se de bairro e casa para apartamento. Adoeceram. Felizmente, pela excelente situação financeira algumas não haviam vendido a casa e móveis foram recolocados no mesmo lugar, as plantas, as vizinhas as mesmas, a igreja frequentada a mesma, o clube, o supermercado, os caminhos etc. 20 anos após a morte do casal de tios, o bairro transformou-se em casas de clínicas, lojas etc. Pelo menos, morrendo ao redor de 80 anos, a inteligentíssima tia e seu marido com internacional carreira de pesquisador não foi vitimado por radicais mudanças de estilo de vida.

Conheci idosos/as que após 60 anos precisaram mudar de casa e perderam demais - espaço, status, e tantas outras especificidades que nutrem nossa singularidade.

A consciência de uma jovem idosa que talvez os jovens e as jovens, num período de 20 a 30 anos terão mutações e passagens como essas,
não serve de nada. Há realmente GAP de gerações.

Alguns velhos ditados parecem ainda válidos : nasceu rico ? casou-se com alguém rico? ganhou na loteria ? .... então, o único caminho é o trabalho remunerado !

Acontecimentos brasileiros em 2017, 2016, 2015 entre outros, mostram que existem seleções importantes além das de Darwin. Eleitos são contemplados com facilidades jamais imaginadas em empréstimos, investimentos, informações privilegiadas etc.

Várias vezes e houveram meses que imaginava que tinha visto demais na vida, em 2017 o espetáculo gravado e televisionado público e as tramas das rotas do dinheiro bilionário foram escancarados. Em que mundo nós vivíamos ? Compra da casa própria, trabalho, trabalho, transporte público, compra do primeiro carro, trabalho, trabalho....

Maria Lucia Zulzke, em 22 de maio de 2017, ao redor de 12 horas, segunda feira complexa. Cidade de S.Paulo - SP - Brasil.
Um dos mais resistentes e fixos e rentáveis e ovacionados eventos das 7 décadas de minha vida - a paixão masculina pelo futebol e vitórias nas competições.

quarta-feira, maio 17, 2017

Mais do "Dia das Mães"



Na noite de 16 maio, em S.Paulo, pelo Jornal "Globo em Pauta" - 20 horas, na TV, Jorge Pontual entre seus colegas, apresentou e recitou seu Poema sobre Mãe. A mãe que perdoa antecipadamente seus/suas filhos/as. Desculpou-se pois 2 dias tinham se passado depois do Dia Internacional das Mães....

Após isso, voltei ao belíssimo romance de Albert Camus - "O primeiro homem " onde um pequeno parágrafo é absoluto de um filho para sua mãe :" Oh mãe, oh meiga, criança querida, maior que meu tempo, maior que a história que te submetia a ela, mais verdadeira do que tudo que amei nesse mundo, oh mãe, perdoa teu filho por ter fugido da noite da tua verdade ".

"Para terminar, pede perdão à sua mãe - porque você foi um filho bom - mas é por todo resto que ela não pode saber nem mesmo imaginar -  --- que é a única que pode perdoar "

".... seu amigo tinha uma casa que tinha um sótão cheio de velhas malas onde se guardava as cartas da família, lembranças, fotografias. Ele conhecia a história de seus avós e bisavós, também a de um antepassado que tinha sido marinheiro .... "meu avô dizia que .... papai quer que.... "

"Mamãe o que é a pátria ?" 

Romances que nos conectam de tal forma no tecido social chamado humanidade.

Maria Lucia Zulzke, em 17 de maio de 2017, em S.Paulo - SP - Brasil, antes das 9 am, depois de 2 horas de TV ouvindo traduções de músicas do inglês, pela TV Cultura, com Marisa e colegas de trabalho e platéia, jornais de vários canais.