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Valor e Retro-alimentação: contribuição para a vida profissional ou pessoal; compartilhar e disponibilizar informações.































































































































terça-feira, abril 19, 2011

Morre uma empresa !

Comunico que, a empresa de consultoria e cursos, seminários e palestras que criei em 
janeiro/fevereiro de 1991 está encerrada.


Fim de 20 anos como empreendedora ! Foi uma ótima experiência profissional e de vida.


Ver fotos no ORKUT - vida profissional 99 fotos de artigos, eventos, debates e entrevistas .

Revista Exame - 1994, eu fui muito consultada pela mídia!














O escritório de contabilidade avisou-me que a empresa 
de consultoria MLZulzke Interação Empresa e Cliente, depois
MLZ Interação Empresa/Cliente - CNPJ - 65 086 860/0001 -35
que, iniciei em fevereiro de 1991, está encerrada e as baixas finais estão sendo finalizadas


Satisfação e Mágoa ! Satisfação pois parei de lutar sem resultados financeiros ....
Mágoa pelo que projetei,  investi,  iniciei numa época promissora do Brasil, 1991,
acreditei, trabalhei domingo a domingo, aliei-me, arrisquei quando necessário, procurei 
parcerias no Brasil e Estados Unidos, empreguei, acreditei e decepcionei-me. 
A empresa foi criada numa época de oportunidade de mercado de trabalho aberta com 
a aprovação e vigência da lei de defesa do consumidor.


Eram previstos canais alternativos de solução de conflitos e, dentre eles, 
Serviços de Atendimento aos Consumidores, 
em todas as empresas e lojas comerciais, impressos os números - 0800 - 
em todos 
os rótulos de produtos, em todos os rótulos de alimentos industrializados, 
identificados pelas iniciais SAC - atendimento ao cliente.


Criei, com outros profissionais de grandes empresas, no final de 1989, a 
SECANP - Associação dos Profissionais de Atendimento a Clientes em Empresas, à
semelhança da SOCAP, americana.  

E, com intenso intercâmbio de informações, entre
Brasil e Estados Unidos, nos anos de 1988, 1989 e seguintes, quando participei de 
eventos, congressos, seminários, na Flórida, Cincinnatti e Nova York até 1996.


E, foi no século 21 que vimos a consolidação das Ouvidorias Públicas e Privadas, 
inclusive, em 2001 a criação da Ouvidoria da Cidade de São Paulo,
a base dessa edificação no Brasil começou a ser estruturada  no Procon- SP, 
em 1976, onde me orgulho de ter tido meu primeiro emprego como profissional,
durante 9 anos, na função de Coordenadora de Alimentos e Pesquisas Técnicas.


Datas de abertura e encerramento da minha consultoria são várias, 
pois os órgãos governamentais são muitos e de acordo com a atividade empresarial.


Apresentam várias datas para registros internos necessários.  


Eu não defino datas... mas parece que definem datas simbólicas, de aniversários ,
datas de batizados e primeira comunhão,  casamentos  etc.


Assim como a Lei de Defesa do Consumidor entrou em vigência em 11 de março e, 
eu nasci,  num 05 de julho...cada profissional analisa datas e coincidências. 
Algumas datas nos levam em frente e, outras, parecem que nos empurram
para trás ou deixam paralisados.

Como são vários os órgãos governamentais para se abrir e fechar uma empresa, 
em cada qual, data de início e de fim, desde 1991 - quem acredita em mapa astral de empresa 
está com problemas...pois tem a data da concepção da idéia da empresa, a data em que finaliza a redação do Contrato Social, em que contrata e fala a primeira vez com o escritório de Contabilidade, depois vem abertura na Receita Federal, na Prefeitura, no INSS, 
na Caixa Econômica e no Sindicato de Classe da Consultoria. Isso sem considerar a figura "do sócio" seja real ou minoritário para obedecer a lei.

Para se abrir a empresa de consultoria, no início de 1991, não foi tão simples, 
pois são exigidos dois nomes.  O da mentora, sócia diretora, - owner ! e de alguém mais, 
altamente confiável, para ambos os lados, e que o relacionamento tenha 
perspectiva de futuro ! 


Sem outro nome, não se abre uma empresa e com quem compartilhar uma empresa, em que apenas o dono é o especialista ? 


Aí foi superado o primeiro obstáculo. Após incontáveis Nãos e Várias respostas tipo: pela nossa amizade, é melhor Não !  Minha irmã mais velha, aposentada, foi quem concordou em me proporcionar esse segundo nome e sua confiança.


São conhecidos os produtos/serviços de uma consultoria, é normal que sejam 
oferecidos - cursos, aulas, seminários, monitorias e usem-se exercícios, imagens, 
projeções, portfolio, logomarca, site etc e a própria missão 
da empresa são vitais -  

Objetivo, em 1991, colaborar com empresas que 
quisessem criar SACs - Serviços de Atendimento ao Consumidor para abrir diálogo 
e aperfeiçoar produtos e serviços com a percepção e necessidades dos clientes - bancos, telefonia, jornais, produtos infantis, brinquedos, indústrias de alimentos e medicamentos, shopping centers etc. pois a lei de defesa do consumidor em vigência
a partir de 11 de março de 1991... tremenda oportunidade de mercado de trabalho !

A leitura da oportunidade foi correta.

CLIENTES DERAM-ME excelentes avaliações e, da grande maioria, recebi por escrito, documentos ou relatórios avaliando a lisura, correção, cumprimento de metas e a excelência 
do serviço prestado! Metas estabelecidas, prometidas e cumpridas. 

Uma satisfação, muitos
clientes ficaram meus amigos e amigas até hoje pois, na verdade, mesmo quando os dirigentes e 
diretores  nos contratam, ficamos amigos e próximos dos profissionais de empresas 
que irão estar no projeto e colocam 
"a mão na massa", conhecem a rotina, acertos e dificuldades dos procedimentos.
A quase totalidade dos profissionais que me contrataram destacaram-se, foram promovidos
e tornaram-se profissionais renomados nesse mercado.

Uma das empresas clientes exigiu que eu me responsabilizasse se algo desse errado na
 empresa durante o tempo em que lá eu daria assessoria para criação do Serviço de 
Atendimento ao Consumidor.  Como eu jamais fiscalizaria ou jamais seria a 
presidente da empresa ou membro do corpo jurídico,
eu não assinei esse contrato com tal cláusula, negociamos em outros termos e foi 
feito acordo sobre a limitação da minha responsabilidade. Eram tempos nervosos...


Existiram muitas situações em que as empresas tentavam exagerar na responsabilidade 
de uma consultora que era contratada apenas por 30 a 40 horas de trabalho/mês. Era 
necessário definir limites da consultoria - creio que eu sempre assustei
um pouco mais por minha carreira inicial no Procon-SP e amizade que eu preservava
entre os promotores e juristas da defesa do consumidor.

Década de 90, aceleraram-se as tecnologias, a telefonia, a informática, a internet
e roteamento de telefones, 

Terceirizações passaram a dominar o mercado e,
incontáveis concorrentes surgiram no assunto, 
inclusive as muito competitivas consultorias americanas já consolidadas naquele
imenso mercado de consumo. Européias com imensas plataformas, francesas, alemãs,
era momento de me integrar numa grande empresa e não continuar só, num formato
nada competitivo.


Foram centenas e centenas de clientes e de 
notas fiscais emitidas nesse período de tempo. Notas fiscais de serviços de assessoria 
ou  docência, atividades muito bem estabelecidas e previstas pelo contrato social .


Para ministrar cursos e seminários de 2 a 3 dias, centenas ou melhor, milhares de 
profissionais de empresas diversas foram meus/minhas alunos/as. 


Viajei pelo Brasil todo: Avon, Usina Nova América ( interior S.Paulo), Warner Lambert, 
Hiborn ( Rio Janeiro), Cemig, Telebahia, Jornal O Dia, Shopping Centers, cursos abertos ou fechados. Foi o auge da adaptação das empresas à lei de defesa do consumidor e criação de SAC. Muitas empresas hoje foram fundidas ou vendidas para outras mas todas tem SAC.

Mesmo como consultora havia espaço na mídia.















A melhor decisão que adotei foi iniciar
essa empresa de consultoria estimulada 
pelo mercado gerado com a
lei de defesa do consumidor 
em março de 1991.



ESTE BLOG pode ser consultado, livremente.

Existem passagens que mostram como é dificílimo ter  e consultoria e cursos, 
MLZulzke Interação Empresa/Cliente em experiência de negociações, geração de renda, visão de negócios, criação de empregos, receitas  e oportunidade de ganhos para a pequena equipe : era pequeníssima empresa de consultoria, assessoria e de cursos, cujo faturamento anual, no máximo, ficava ao redor de poucas centenas de milhares de reais... isso pode parecer muito para um assalariado mas é pouco para manter toda a estrutura, salas, staff, atualizar computadores.


Perto do que a Receita Federal e os empresários tipificam como pequena empresa no Brasil,
o faturamento anual ficava muito aquém do que faturam em consultorias
experientes com mais de milhão de reais, aliás, muitos milhões de reais/ano.


A empresa de consultoria pode dar trabalho para o "primeiro emprego de 
um rapaz de 17 anos" , de família pobre, registrado em carteira de trabalho - aquele 
mocinho magrinho foi um amor, contratado para ser boy numa época em que não 
tínhamos internet e algumas propostas eram entregues com urgência e em mãos.


Sei que ele só tem boas lembranças do tempo que lá trabalhou, contava-me como tentavam fazer com que ele se distraísse e demorasse na fila do banco entre outras malandragens para não retornar logo ao escritório... e "fazer hora na rua". Abri oportunidade de trabalho para uma senhora de mais de 50 anos, bem de vida financeira, mas ela precisava voltar a ter 
coragem de encarar a vida após separação conjugal dolorosa; 
contratei,  com carteira assinada, moradora de favela que havia começado 
no programa do Dr. Mário Covas, ex governador de S.Paulo; contratei vários estagiários, 
estudantes universitários de marketing e comunicação,
os quais, há mais de 10 anos, recebiam entre R$ 400 reais 
a R$ 500 reais por 6 horas de estágio mais a ajuda para 
alimentação, com carteira de trabalho registrada para os estagiários 
que vieram por meio de convênios oficiais com universidades...e , em épocas de 
"Vacas Gordas", ótimas receitas e grandes projetos, uma consultora importante,  
experiente e contratada  para aquela finalidade, para um único projeto, com o dinheiro que ganhou nesse único projeto em 2 a 3 meses, com recibos e pagando todos seus impostos de autônoma, comprou um pequeno carro de presente para seu filho recém formado!


É claro que isso dava muita energia e felicidade e confiança e produtividade.


Eu Era FELIZ pois sempre sonhei com isso, trabalhar numa equipe onde trabalhássemos 
bem, em assunto necessário para os clientes, empresas renomadas e corretas, onde todos ganhassem muito bem, para sermos realizados/as e produtivos/as. 


Aprecio e sempre apreciei a riqueza, essa riqueza dos que sabem fazer dinheiro 
honestamente e com trabalho dedicado e consciente. 

Não creio existir graça nenhuma na falta de recursos 
financeiros... e nem acredito que isso 
seja mérito ou represente valor na modéstia da falta de dinheiro.


Não poder conquistar e prosperar nas realizações ou viver frustrações 
no meio da prosperidade de outros/as.... nenhuma graça ou nenhum mérito.

Não discriminei opção sexual de ninguém ! Isso no início da década de 90 quando 
ninguém falava em Diversidade Sexual. 


Não houve privilégio a gênero masculino ou feminino e nem  a cor de pele barrou o trabalho.

Não mencionei nas entrevistas de contratação questões de religião: crentes, evangélicos, 
espíritas ou adeptos de outras igrejas, isso não era motivo de exclusão - 
e como existem igrejas de nomes diferentes hoje, além dos que só 
acreditam em fluxo de energia, mentalização e positivismo, claros ateus ! 


Muitas coisas sobre favorecimentos e parcerias eu não sabia naquela época.


Se, de repente, eu quisesse fumar e muitos fumavam nos anos 90, inclusive clientes e consultores, alguém da minha equipe me dava uma bronca .. antes 
de 1998 isso podia acontecer em ambientes fechados, não havia lei contra isso porém
algumas igrejas proibiam cigarro.... e a religião da pessoa em questão não aprovava.
Diversidade Sexual, Cultural e Religiosa.

Atendi, com satisfação, aos convites para escrever artigos em jornais e revistas, nacionais ou regionais,  sem qualquer recompensa financeira a não ser a honra da visibilidade e o intangível valor em ótimas companhias da mídia. O Estado de S.Paulo deu-me espaço no 
Caderno  de Economia entre 1994 a 1996.  Além de rádios e revistas que me consultavam.

Alguns profissionais que comigo trabalharam foram notáveis, amigos/as e, por trabalharem
como autônomos, uniam-se à consultoria quando haviam muitos projetos e clientes,
simultaneamente.

Acudi 2 amigos, queridos e próximos de mim, naquela época, quando ficaram 
"sem rumo" ao serem despedidos, subitamente, de grandes empresas e onde trabalharam 
muito tempo. Alguns profissionais ficam indignados/as com demissões súbitas e as pequenas
empresas são mais acessíveis para absorvê-los/as. 


No entanto, o choque dessa transição 
é muito complicado pois
pequenas empresas não mostram glamour ou não conseguem departamentalizar como
as grandes empresas.


Na minha consultoria, esses amigos ficaram poucos meses, até voltarem com sucesso,
para o vasto mercado ! Um deles, eu preferia que ficasse comigo trabalhando, senti muito 
sua súbita saída pois tinha uma habilidade fundamental, uma qualidade humana importante 
e que supria demais nossa equipe - era ótimo em relacionamento interpessoal com clientes. 


Meus clientes, que ele atendeu, o adoravam, a ele ! Era um jeito masculino de se fazer 
amigo, companheiro e isso dava muito conforto para os gerentes das empresas clientes, 
em fases de stress, tensão, ou quando centenas de consumidores estavam exigindo 
mais do que havia sido projetado ou planejado ou divulgado pela empresa.


Minha forma de ser, às vezes, era considerada mais inflexível e isso também é importante.
Alguns clientes diziam que eu não dourava a pílula e eu sei que os 9 anos no Procon -SP 
ficaram como tatuagem de procedimentos, exigências e 
precauções até excessivas!  Esse olhar duplo é uma eterna análise da consciência - 
olhar as demandas dos consumidores e o lado da empresa-cliente.


Porém, tão logo esse querido colega, um parceiro muito bem remunerado,
conseguiu bom cargo numa grande empresa, 
deixou-me no mesmo dia, o trabalho na grande empresa não podia esperar e foi-se sem 
terminar o projeto que fazia num dos clientes da minha consultoria.


Ficava assim a mágoa do meu despreparo e da falta de malícia, eu esquecia de negociar, 
para que abrissem clientes também para mim, acabava o interesse pela sua sobrevivência 
e acabava a parceria. 


O problema de uma empresa de serviços, cursos e palestras, pequena, só conhece
quem teve ou tem! Sem hora para começar o trabalho e sem expediente para 
fechar "a firma", afinal onde fica "uma firma" de uma só pessoa e pequena equipe de suporte? 


Várias resistem e prosperam. Resisti 20 anos, muito além da média brasileira. Atualizações,  informática, concorrência, advogados contratados para prospectar mercado americano,
receitas, staff, visibilidade, investimentos, viagens, leituras, jogo de cintura entre 
aceitar ou não aceitar o jantar ou happy hour com clientes de empresas, 
"meu DEUS" só quem trabalhou sabe 
como a linha divisória é delicada em cada decisão!

E, os altos impostos das empresas e altíssimos encargos trabalhistas para ter mínima equipe registrada em carteira de trabalho! A contabilidade sempre avisa: se definir um salário, dobre 
os gastos que irá ter com aquele profissional e, na melhor
das hipóteses, a pessoa irá trabalhar bem, ser pontual, correto/a,
não irá adoecer e nem se ausentar com frequencia, pois sendo uma pequena empresa, os 
aspectos de administração são mais delicados !


Há muita proximidade entre todas as pessoas que trabalham numa pequena empresa, 
hierarquia é por direito e não por simbologias, sentam no mesmo computador, mesa, 
ouvem ligações, negociações...


Na primeira nota fiscal de cada ano, quando nem se sabe quanto mais vai faturar ao longo do semestre, já há incidência de cascatas de impostos.... única nota fiscal e quase 15% do valor bruto vai para os impostos dias após emissão da nota fiscal.... e o pagamento dos custos fixos estão lá, esperando... tremenda bronca dessa tributação no ato da emissão da nota fiscal. Nem folego permite para fazer um saldo em banco e é preciso informar ao escritório de contabilidade...


Mas se sabe que a Obrigação Tributária não depende da vontade dos empresários 
ou prestadores de serviços. A Obrigação Tributária é compromisso e privilégio
por ter oportunidade de participar da riqueza e circulação de dinheiro do país.
É conhecida nossa obrigação frente ao Governo, frente ao sistema econômico e 
associações, e pronto! Se pretende faturar e trabalhar, se pretende integrar o mercado,
participar da troca de riquezas, o empresário irá precisar pagar impostos por estar
usufruindo desse fluxo de  negócios e mercado. 


Pagar tudo em dia, e dispor de escritórios de contabilidade eficientes é vital para uma empresa, nem se imagina quantos erros podemos cometer se não bem orientados sobre os pagamentos dos tributos, prazos, mudanças de regras, siglas, datas, o que acontece se pagar a menos ou a mais 
etc. Evitar é muito mais barato e um escritório de contabilidade bem estruturado e profissional
é imprescindível.

Registro aqui os meus agradecimentos à minha irmã mais velha (in memoriam) que
viabilizou a abertura da empresa, em janeiro de 1991, pois esse é um dos mais difíceis compartilhamentos existentes, como casamento de marido/mulher, ela nunca se 
interessou em estar presente ou fazer  parte ativa na empresa, ausente por decisão dela, 
pois competência ela tinha de seu trabalho anterior e estava disponível como aposentada.


Agradeço a confiança de minha filha caçula que, depois de atingir maior idade, concordou em assinar como sócia de tão pequeno capital. 


Resistimos ao máximo mas, se há regra vital no mundo dos negócios é: 
SEM CLIENTES, não EXISTE EMPRESA e SEM CLIENTE nada vai em frente num 
NEGÓCIO ! 


Como estou feliz e aliviada, por ter conduzido minha pequena empresa de consultoria 
a empresas e cursos, encerrada após 20 anos, sem pendências, neste ano em que 
faço exatos 60 anos... 
quero fazer minhas algumas linhas do poema da Elisa Lucinda - precisou "morrer metaforicamente" -

"No elevador do Filho de Deus"


" Sem cor, sem fala
nem informática, nem cabala
eu era uma espécie de Lázara
poeta ressuscitada
passaporte sem mala
com destino de nada !
................................
cheia do sorriso culpado dos inimigos invejosos
....................................................................
que eu já tô ficando especialista em renascimento


Hoje, praticamente, eu morro quando quero:
...........................................................
Ou uma bela puxada no tapete
ou porque eu  mesmo me enrolo ...
Não dá outra: tiro o chinelo...
E dou uma morrida !
Não atendo o telefone, campainha...
.....................................................
Tô nocauteada, tô morrida!
...............................
Onde a gente se encolhe pra nascer de novo
Onde a gente se recolhe (e quem não assume nega)
e fica feito a justiça: Cega!


Depois acorda bela
corta os cabelos
muda a maquiagem
............................
reencontra os amigos que fazem a velha e merecida
pergunta ao teu Eu  -
" Onde cê tava ? tava sumida, morreu?"

da série .... "God´s vacation" de Elisa Lucinda, a mais sensível poeta brasileira que eu conheci ! 


Resumo de carreira :
Curso Universitário - UNICAMP - Engenharia de Alimentos formada em 1974
Alguns outros cursos complementares como Ciências de Alimentos, Controle de Qualidade, Segurança alimentar, entre outros.
PROCON - SP junho de 1976 a março de 1985 -  vice-diretora 2 vezes e Coordenadora Alimentos e de Pesquisas Técnicas entre 1983 a início de 1985.
Rhodia - Gerência de Comunicação Social - Setor: Valorização Consumidor abril 85 a janeiro 1991
Consultoria : MLZulzke de fevereiro de 1991 a março/abril de 2011 -


Maria Lucia Zulzke, em 19 de abril de 2011, em São Paulo - SP - Brasil - 10:49 am.

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