O nosso espaço vital exige, a todo momento, a defesa de nossa identidade com os valores includentes - sociais, culturais, profissionais, pessoais, políticos, privados e públicos.
O esforço feminino está longe de terminar para que a mulher possa se diferenciar pelos estudos, pela escolaridade, pela autonomia financeira, pela escolha da profissão e algo que lhe dê significado e valor além do biológico, e do que alguns muros familiares preferem.
Para isso é necessário competência e disposição para as competições contínuas, nas diversas fases da vida, nas épocas em que alguns meios familiares puxam para trás, dificultam, ignoram ou, às vezes, negam as conquistas feitas por algumas das suas profissionais.
Na cultura empresarial, o excesso de afetividade nas mulheres, é um atestado da sua menoridade, da sua infantilidade. Por outro lado, reprimir a afetividade, como o fazem profissionais do gênero masculino, conduz ao empobrecimento das relações pessoais e criativas.
Como fugir da rigidez do convencional estereótipo: mulher-emoção e homem-razão ?!
Os espelhos a que se submeteram mulheres, impedindo-lhes o auto- conhecimento, fixando-as em papéis convencionais, ainda que escolhidos por elas, podem ser fonte de sofrimento, rancor e inveja, em relação às mulheres que, nas últimas décadas, puderam estudar e obter resultados diferentes dos modelos assemelhados aos restritos aos domínios domésticos.
Que este mês de abril possa ser um mês mais promissor e as sombras do passado não obscureçam o esforço feminino, voltando-se aos espelhos ressentidos da imagem antiga feminina!
Neste ano, no Brasil, duas mulheres irão disputar o mais elevado posto do país - um novo papel, sem melindrar egos masculinos idealizados nas suas imagens.
Maria Lucia Zulzke, em 05 de abril de 2010, às 0:30 hs, em S.Paulo - SP - Brasil
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