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Valor e Retro-alimentação: contribuição para a vida profissional ou pessoal; compartilhar e disponibilizar informações.































































































































sábado, dezembro 12, 2009

Entre o aparelho de TV e a rua, a Consistência!



Para avaliar a veracidade das informações da TV, eu vou a "campo", isto é, vou para a rua ou onde posso conferir o que está sendo anunciado.

Se anunciou, divulgou e me interessou, eu vou verificar. É uma satisfação quando há verdade no anúncio.

Creio que, no aspecto de propaganda enganosa, escancarada e debochada, a lei de defesa do consumidor limpou quase tudo, desde o início dos anos 90. É fácil verificar que o produto não está em estoque ou vendido no preço anunciado, ou o que era apresentado de uma forma tinha uma apresentação diferente.

A abusividade da propaganda é mais complexa de se "pegar", ofende gênero, tipo de gente, cor de pele, poder aquisitivo e outras características pessoais, muda de "cara".

Nas épocas de eleição, a gente precisa ter uma "imensa tolerância" com os publicitários, principalmente quando querem destacar um público de "brasileiros" como sendo "mais brasileiros" , de acordo com o interesse de captação do eleitorado por determinados candidatos. Precisa esperar passar esse tormento porém, temos eleições a cada dois anos...

Nesta semana e, em semanas anteriores, eu pude ver a ênfase que estão dando na TV e na mídia, para a moda das mulheres mais gordinhas - "plus" - o metabolismo fica lento quando a idade chega e, mesmo jovens, as moças podem estar mais gordinhas e gostarem disso.

Fui procurar nas lojas anunciadas ! Confecções e modistas estão dando atenção às mulheres que nunca optaram pela anorexia, pela magreza, nem pela vaidade excessiva quanto ao corpo, o corpo não era instrumento do trabalho ou, não são magras pela genética.

Quando os biotipos das diferentes origens e raças são tão diferentes em altura, estrutura óssea e forma, detalhes de corpo e rosto, era um insulto ter que procurar nas lojas de roupas femininas, manequim 44 ou 46 ou 48 e só encontrar peças pequenas de número 38 e 36, predominantes para atender modelos, asiáticas ou mocinhas magras e anoréxicas.

E, por qual razão, hoje, é politicamente incorreto dizer que SOMOS DIFERENTES?

Os asiáticos são asiáticos, com tamanho, altura, textura de pele, cor dos olhos diferentes. Nórdicos são nórdicos, em altura, formato dos ossos, cor dos olhos de acordo com as origens.

Por qual razão insistir em forçar a inteligência para que a gente aceite mais essa "verdade bem inconveniente" - se somos diferentes e isso é que faz o mundo tão interessante?

E, essa diferença, não nos qualifica ou desqualifica mais e nem menos, quando somos decentes, respeitosos, educados, trabalhadores (as) e damos espaço para que o outro também tenha um lugar ao sol.

Nesse aspecto, a propaganda e fabricação de vestuário no Brasil, está em aperfeiçoamento, saindo do nicho restrito das modelos e dos "abençoados profissionais" da Fashion Week, para as mulheres normais brasileiras, em todas as idades, e que vão para as lojas de ruas e shoppings à procura de vestuário.

A isso se dá o nome, em consultoria empresarial de - consistência de oferta e entrega, de consistência entre a promessa e a produção do produto, consistência entre a realidade e a fantasia projetada.

Viver no mundo real poderá um dia ser bem melhor do que no mundo fantasiado de "escravas(os) da imagem". Narciso só ama o que é Espelho! E, o "espelho público" anda um tanto quanto problemático.

Maria Lucia Zulzke, em 12 de dezembro de 2009, às 7:00 am, em S.Paulo - SP - Brasil.

Um comentário:

Reinaldo Bulgarelli disse...

Maria Lucia, que também ama a diversidade, como eu, você percebeu que o problema não está na identificação das diferenças ou semalhanças que nos caracterizam, mas o que fazemos com elas. "Diversos Somos Todos" é o nome do meu livro que tem esse título para começar a conversando lembrando que falamos de diversidade, diferenças e semelhanças, a partir do sentimento de pertencimento à família humana. Gostei muito o teu texto e lembro também que pagamos um preço por sermos únicos e especiais. Como diz Caetano, "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é", de pensar o que pensar, de agir como age e de seguir em frente compreendido ou não em seu tempo e lugar. Grande abraço! Reinaldo Bulgarelli