Pesquisar este blog

















Valor e Retro-alimentação: contribuição para a vida profissional ou pessoal; compartilhar e disponibilizar informações.































































































































quarta-feira, dezembro 16, 2009

Tempo nas empresas, na carreira e pessoal

Existem especialistas que trabalham uma metodologia que analisa a linha do tempo. Estabelecido um ponto de apoio, no tempo presente, analisa-se o tempo passado e projeta-se o tempo futuro. Analisam-se erros, acertos, pontos fortes ou fracos da pessoa, do profissional, do ser relacional etc

Quando começamos a trabalhar numa organização, empresa, órgão público ou entidades sem fins lucrativos, enfim quando começamos a trabalhar profissionalmente, o tempo precisa ser avaliado e, a linha do tempo fica relativa de acordo com a dinâmica, a complexidade do trabalho etc. Importante é se posicionar e saber onde se trabalha, cultura, objetivo, parceiros, inimigos, falsos amigos etc.

O tempo empresarial, por exemplo, é frenético para o lançamento de produtos, para abocanhar mercados, para "fazer dinheiro", para impedir o avanço dos concorrentes - "time is money" pois os indicadores de performance levam a produtividade, receita e lucros.

Quem entra numa empresa, iniciativa privada deveria estar preparado para uma espécie de "guerra de mercado" e é fundamental saber que se está numa guerra comercial, numa guerra por lucros, por espaços mercadológicos, no estado, país ou continente onde se atua.

Essa consciência de se saber onde se está é que torna o profissional e a empresa saudáveis e vencedores. Caso contrário, o profissional pode vir a ser rotulado como "fora de forma", "mole demais" ou um "sonhador, poeta ou artista" ou ao contrário, agressivo e truculento. Alguém vai para a "guerra" distribuindo beijos e flores? A empresa deve ser objetiva e sincera no preparo do profissional.

Sugerir a um profissional da iniciativa privada, que precisa competir com centenas de outros por espaços nas gôndolas dos supermercados, pela memorização da marca na mente dos consumidores, por lucros, por faturamento, pelos milhões de consumidores em carteira, um comportamento de "bom samaritano", de "madre Teresa", de generosidade "materna" é simplesmente fazer com que se abasteça de corda um profissional despreparado e que tem impulsos suicidas. É paralisar qualquer bom instinto empreendedor e ousado.

Desde que não se coloque em risco a saúde do consumidor em aspectos legais e lícitos.Estou desenvolvendo um pensamento, um raciocínio baseado em procedimentos corretos, de profissionais de empresas lícitas.

O SAC - Serviço de Atendimento ao Consumidor, é um setor empresarial que eu respeito muito pois conheço bem e sei que demanda de profissionais um comportamento híbrido, múltiplo, às vezes quase enlouquecedor

1) primeiro : o profissional do SAC é um consumidor e pode se identificar, no seu trabalho, com seu representado - esse é o primeiro passo para a esquizofrenia, pois se um funcionário do SAC se identifica com o seu representado, na lógica empresarial, bipolar, digito zero (0) ou um (1) - ou é meu amigo ou é meu inimigo? Contrata-se alguém para se identificar com quem está fora da empresa?

2) segundo : se o profissional defende os interesses da empresa, é esperado que vá procurar dificultar o cancelamento, vá procurar convencer o consumidor a comprar seus novos produtos e serviços, mas.... na ótica dos "puristas da defesa do consumidor" esse tipo de comportamento do profissional do SAC é inadequado, é induzir a compra.

Torna-se quase impossível trabalhar nessa zona cinzenta da conciliação de interesses. E, se forem agregar aspectos de países, de culturas de países, de idiossincrasias de posturas, a concorrência fica estagnada ou predatória - mata ou morre.

Quem está dentro de uma empresa e não defende sua permanência no mercado, a longevidade da organização está sendo um suicida empresarial. Está sendo um suicida profissional. Portanto, assim como se devem ser respeitados os promotores, juristas e ativistas da proteção ao consumidor, também deve ser respeitado o direito de um profissional empresarial exercer sua função dentro de um limite ético e da vontade do cliente, da disposição de comprar ou não.

Quando visitei entidades em Londres, fui informada que existe uma corrente empresarial que prefere definir e limitar a atuação do setor produtivo e de seus executivos para não exigir de seus funcionários uma postura não condizente com a "musculatura do executivo" - alerta, combativo, produtivo, atuante e competitivo.

Fora do expediente de trabalho, o executivo é livre, para namorar, se quiser fazer obras sociais, se quiser atuar como um voluntário em causas humanitárias, se quiser ser um pacificador do bairro onde mora mas, dentro da empresa, existem objetivos, regras, metas, lucros e competividade.

Eu considero uma deslealdade estimular profissionais, de dentro das empresas, para que atuem como voluntários qual fossem consumidores críticos quando sua função, dentro da empresa, está em outra competência.

Cabe aos órgãos de proteção ao consumidor analisar, fazer acompanhamento, fazer análises laboratoriais e partir para os recursos e dispositivos legais quando não houver compatibilidade entre os resultados obtidos e os exigidos.

Cabe aos setores empresariais, de controle de qualidade e do jurídico empresarial, a busca pela máxima qualidade e eficiência para oferecer o melhor aos clientes e consumidores.

Porém, insuflar profissionais de empresas para que atuem como "espiões", como "dedo duros", como " quintas colunas" é um grande desastre para todos - órgãos de defesa dos consumidores, profissionais e, para as empresas.

Consumidor interno crítico, "ouvidor", "ombudsman" , gerente do SAC são funções, com rituais, regras, descrição de cargo, poderes e limites. E mantém heranças de procedimentos de acordo com o setor: bancário, estatal, financeiro, marketing, do governo etc

A definição de papéis, de atribuições, da metodologia legal, aberta e lícita de se conseguir laudos laboratoriais e resultados de qualidade de produtos, parece-me a única forma de se evoluir com critérios de confiabilidade e respeito nas atribuições dos diversos profissionais.

Protecionismo e ambiguidade de papéis tiram a possibilidade de criatividade e lançar profissionais sem lhes dar os parâmetros de responsabilidade e respectiva autoridade, poderá paralisar excelentes profissionais.

Maria Lucia Zulzke, em 16 de dezembro de 2009, às 10:50 am, em S.Paulo - SP - Brasil.

Nenhum comentário: