Pesquisar este blog

















Valor e Retro-alimentação: contribuição para a vida profissional ou pessoal; compartilhar e disponibilizar informações.































































































































quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Venda de Imóveis Usados! Código de Ética Já !

Vou afastar-me do assunto de SAC e Call Center mas irei manter o foco no relacionamento Empresas e Clientes. 

As Imobiliárias de Imóveis, que negociam imóveis de terceiros e usados, pequenas, grandes ou médias empresas, estão urgentemente precisando de regras,  de padrões, de procedimentos e de código de ética para dar mais segurança para seus negócios e para as
partes envolvidas.

Mais formalismo de quem faz corretagem, compra e vende!

Um dos princípios da defesa dos consumidores é a vulnerabilidade do consumidor no mercado do consumo.  Para esse caso específico é um princípio equivocado, falso e enganoso, para se pensar nesse nicho de negociação de imóveis usados e de terceiros!

Nesse caso, os compradores estão com "a faca e o queijo nas mãos", isto é, quando eles apresentam poder de compra! Ninguém protege os proprietários dos imóveis como explicarei e, seus concorrentes são as incorporações de imóveis novos e lançamentos!

Nos Estados Unidos, financiam imóveis em 30 anos! Aqui, é preciso ter um sinal considerável para entrar num imóvel próprio!


E quem é esse cliente/consumidor que entra nos apartamentos usados, ocupados por famílias, contendo objetos pessoais, imóveis mobiliados, a qualquer hora do dia, na conveniência do cliente, com toda a exposição da vida e estilo da família proprietária do imóvel?

Poucos Sabem realmente! Não existe obrigatoriedade nenhuma de identificação prévia e documentos formais para quem deseja passear e entrar na casa alheia! Em tempos de tanta segurança nas portarias, uma vulnerabilidade imensa !

Os corretores das Imobilíárias, no seu esforço de agradar um possível comprador, um cliente e, na necessidade de obter percentual de venda, tem receio de exigir documentos dos clientes para sair  pela cidade e pesquisar imóveis ocupados pelos proprietários. Assim, nunca se tem certeza se a intenção é de compra, de especular ou outra investigação qualquer ou até mesmo sabemos lá, nem é bom pensar! Um pânico abrir a porta para desconhecidos a qualquer hora do dia !

O que acontece de pior?

Quem coloca um imóvel para vender e ainda reside no local sofre invasões de privacidade e contínuos "roubos de expectativas" e  " propostas frustradas":

1 - Os milhares de corretores da cidade podem telefonar para o infeliz proprietário que quer vender um imóvel,  só para reconfirmar o que está lendo de informações no sistema do computador : número de quartos, de garagens, metragem, preço, reformas feitas ou não, se aceita outro apartamento como parte de pagamento entre aquelas perguntas básicas que os corretores adoram repetir às 9 da manhã de um sábado ou às 8 da noite de uma sexta-feira, na tentativa de segurar uma visita no domingo à tarde, por exemplo!

2 - Os corretores se esquecem que ligaram naquela casa e mandam outros colegas ligarem para marcar visitas ou investigarem os mesmos aspectos etc.

3 - Os corretores comprometem os dias de quem quer vender, tardes e manhãs,  mas o potencial de compra dos clientes nem sempre é adequado para o imóvel sonhado. Quando o cliente não tem liquidez e há defasagem entre o que se pode pagar e o preço estabelecido - impossível sair negócio.

4 - Os proprietários, em geral, precisam vender o imóvel onde residem para partir para outro local, outro bairro, para um apto mais próximo do trabalho, ou até mesmo em outra cidade! É algo como acertar na Loteria ou na Megasena , com prêmios acumulados! Dificílimo acontecer vendas simultâneas e sincronizadas bem sucedidas - compra e venda com todos felizes.

5 - Os pretendentes e eventuais compradores não mostram devido respeito ao entrar no apartamento de alguém que jamais viram, para quem jamais irão dar seu nome completo, de quem não são amigos, jamais voltarão  mas acham-se no direito de abrir portas de armários, de fazer observações sobre a decoração, sobre as reformas feitas ou não realizadas pelo proprietário. Avaliam o estilo de vida do proprietário e a modernidade ou não dos equipamentos eletrônicos e comentam alto, isso é terrível. E quando comentam  sobre a idade do imóvel e a idade avançada dos proprietários... ah que sensibilidade! Entram em contato com a intimidade dos quartos, dos banheiros, das dependências de serviço ...  e, uma das mais conhecidas táticas e técnicas de comprar é depreciar o produto, ou alguém desconhece esse "joguinho" ?

6 - O pretendente-comprador pode estar, naquela época, residindo num apto com metragem 50% menor do que o sonhado imóvel visitado, mas pode "blefar", dar uma de superior, esnobar o proprietário pois, teoricamente, desde que consumidor/cliente tornou-se "rei" e, teoricamente, quando alguém procura algo para comprar, surge aquela "máxima sem lógica -  o cliente sempre tem razão",  frase de efeito que percorreu mundo e  transformou todas nossas relações comerciais  e de consumo. Mas, se existem relações de poder, e de grande desequilíbrio, volta a vigorar a velha e milenar lei -  manda quem pode (tem dinheiro) e obedece quem tem juízo!

O cliente é sempre vulnerável ? Tente estabelecer uma negociação justa e leal onde as partes apresentam assimétricas relações de dinheiro, conhecimentos, oportunidades, alternativas, ofertas, oportunidades de trabalho, faixas de idade diferentes  etc.

7 - Será que o PROCON nunca pensou em elaborar um Código de Ética para Clientes,  para os compradores de imóveis usados? Ah, se os técnicos do Procon ouvissem os comentários dos clientes ?! Ah se ouvissem as propostas indecentes! Ah, se ouvissem as promessas de compras nunca realizadas "voltaremos em uma semana com a arquiteta"... "voltarei com meu noivo ou noiva " , "minha mãe quer avaliar" ... Se soubessem as semanas ou meses que compradores enganosos empatam os proprietários do imóvel dizendo que precisam fechar um negócio antes de fechar a compra e sai realmente a compra? ! O Procon nunca soube disso?

8 - O proprietário não consegue diferenciar o que vem a ser Proposta Oficial das Imobiliárias ou Pré-Propostas Escritas e a serem assinadas já dentro da Imobiliária. Qualquer coisa pode acontecer no meio do processo: o cliente não apresenta o dinheiro que esnobava ter, o cliente estava apenas visitando apartamentos pela vontade de ver as ofertas, o cliente não se preocupa com a responsabilidade que tem frente suas palavras e propostas anteriores de compra, enfim é uma negociação sem qualquer lei, sem qualquer regra ou ética. E isso quando não é o caso de clientes experientes que são "olheiros das chamadas galinhas mortas".

9 - Alguns proprietários ficam visivelmente irritados com esse processo e passam a ser "punidos" pela sua atitude defensiva, ainda que apresentem excelente oferta de imóvel. São ridicularizados pelos corretores que combinam e não aparecem.

10 - Entrar numa roda-viva dessas é um passo de retrocesso ao relacionamento empresas/clientes e uma ponte para o ataque cardíaco e aborrecimentos inúmeros. Sim, que um pequeno proprietário de imóvel é um grande fornecedor ! Piada !

11 - Agrava-se a situação pela atual "ascendência dos síndicos sobre os apartamentos" pois não se sabe dos favorecimentos ou impecilhos por questões pessoais ou preferências a esse ou aquele proprietário de imóveis num mesmo condomínio.

Esse problema entre moradores e síndicos vem gerando inúmeras matérias, notícias e incidentes.

Por qual razão Procon, Ethos e Secovi não desenvolvem um Código de Ética para síndicos, compradores, vendedores e corretores ?

Eu me proponho a participar dessas reuniões de elaboração de um Código de Ética ou elaborar Termos de Compromissos de Compra/ Venda, com interesse e  razoável conhecimento da causa!

Maria  Lucia Zulzke, em 04 de fevereiro de 2010, às 15:00 hs, em S.Paulo - SP - Brasil

Nenhum comentário: