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Valor e Retro-alimentação: contribuição para a vida profissional ou pessoal; compartilhar e disponibilizar informações.































































































































domingo, março 21, 2010

21 de abril de 1994 - " Alice no país das empresas"

Naquela data, em 1994, eu distribuí o meu texto para um número reduzido de pessoas,  10 pessoas, na procura de que me dessem pareceres e avaliações, visto que era material de experimentação produzido num curso e grupo de Redação Criativa. "O que você acha, será que dá para trabalhar esse conteúdo e ser usado em universidades?" Eram todas pessoas bem conhecidas, nominalmente conhecidas e de meu contato.

A minuta era um mix de desapontamentos e esperanças, anseios e expectativa de diálogos,  confiança nos seres humanos e decepções, uma montanha russa e repleta de propostas de Melhoria, Companheirismo, Confiança e Realizações. Era uma tentativa de ajustar características pessoais e profissionais.

Infelizmente, bem depois é que aprendi que as interpretações sobre um mesmo texto podem ser as mais variadas em função do mundo interno das pessoas, vivências, interesses particulares, regras culturais etc e podem levar o conteúdo para outras conclusões... e se Alice não era uma personagem atraente ou simpática? ou, talvez "a cliente" ou "o cliente" gostasse de viver em vida contemplativa, em isolamento, ou se entendessem que o texto era a projeção de alguma realidade e não imaginção? E se decidissem aplicar para funcionários de baixo desempenho e produtividade, que definem como "síndrome do presenteísmo"?

Cada pessoa dependendo da sua cultura, da personalidade interpretaria como quisesse ... e como eu poderia refazer o escrito?

Além daquele restrito número de pessoas que teve acesso à minuta e eram pessoas próximas, eu não me lembro de ter recebido parecer ou retorno formal de ninguém. As demais pessoas que conheciam o texto eram os participantes das aulas do Professor Samir.

Quem comentou informalmente sobre o material disse - mas como sofre Alice! que triste é Alice! É claro que, nessas alturas, ninguém quer ser a cliente Alice e nem o Cliente, no caso de um texto posterior, em que a cliente virava homem... era uma imensa brincadeira de redação.

A proposta era claramente de Final Feliz. Após algumas experiências decepcionantes no "País das empresas" , o Espelho deveria estilhaçar, isto é, as projeções inter-pessoais ruins acabariam e,  ela  ou ele - ou seja, o cliente / a cliente, estaria confiante e encontraria pessoas e empresas com afinidades etc. A conclusão me parecia única e óbvia.

sub títulos:

Ansiedade e Apelo
Alice apaixona-se pelo Coelho de Cartola
A entrada da Rainha Vermelha
A ruptura ...
Sala dos Espelhos...

the end:

Alice consegue finalmente dizer o que buscava...

Confiança na informação preventiva
Confiança na orientação qualificada
Confiança na qualidade
Confiança na segurança
Confiança na durabilidade
Confiança na garantia
Confiança no pós-venda

Alguma dúvida sobre a intenção final positiva de "Alice"? 

A proposta seria transformar em texto lúdico e didático para administração de empresas, estudantes etc. O projeto não foi para frente e eu fui cuidar de meus trabalhos com empresas de "verdade".  

Acrescento:  não foi pensado como conteúdo para igrejas, religiões, crenças , partidos políticos, concorrentes,  governos, problemas de doenças e médicos, nem para eventuais empresas não éticas, ou ilegais ou ilícitas. A/o cliente era uma ficção! Não aconteciam doenças e o fato da cliente virar o cliente era feito num vendaval de areia, por isso, não era "de verdade", cirurgia de mudança de sexo nada disso, aliás, não tinha conteúdo sexual.

Não era para ser um Jogo. Era um texto a ser estruturado e um exercício de redação criativa.

Era um texto que, devidamente orientado, daria excelentes debates sobre o papel dos profissionais das várias áreas e dos seres humanos em interação mútua ao longo de sua trajetória, com um final bom e feliz, pessoas integradas, produtivas e prósperas.

Domingo, 21 de março, um mês antes de 21 de abril, hoje 2010, em S.Paulo - SP - Brasil, por Maria Lucia Zulzke.

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