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Valor e Retro-alimentação: contribuição para a vida profissional ou pessoal; compartilhar e disponibilizar informações.































































































































quinta-feira, janeiro 14, 2010

Sobre o nosso amanhã e o nosso ontem.

Eu espero que, quem chegar a ler este blog, e tiver a paciência e curiosidade de acompanhar minhas reflexões e anexos, também tenha dado uma lida rápida no meu blog sobre livros - www umlivromeumestre.blogspot.com. Foi uma escolha cuidadosa e necessária. Se eu tivesse que fugir com livros, eu fugiria com aqueles selecionados, pelo menos!

O meu objetivo é adotar, neste blog, um registro: projeta a vida profissional de uma mulher comum, classe média brasileira, que se casou e descasou, tentou refazer sua vida pessoal e afetiva, sem qualquer sucesso, e continua interagindo com a modernidade e os valores atuais da nossa sociedade que felizmente melhoraram muito.

Eu fui para Campinas cursar Engenharia de Alimentos, em 1970, quando na classe eram 23 pessoas, sendo apenas 3 mulheres. Formada na década de 70, quando as indústrias de alimentos eram reticentes em aceitar mulheres, a não ser em seus laboratórios de análises. Nada era politicamente incorreto.

Menciono o meu blog sobre livros pois um de meus autores prediletos, Eduardo Giannetti da Fonseca, tem um livro:
"O valor do amanhã: ensaio sobre a natureza dos juros" da Cia das Letras, 2005.

E, apesar de eu não ter me referido ao livro no blog, o pensamento do autor tem muito a transmitir para todos, algo que quase ninguém observa ou sabe: profissionais, homens e mulheres, jovens, idosos e maduros. 

Os juros que pagamos na vida, como diz o autor, não se restringem aos juros bancários mas estão presentes em todas as esferas da nossa vida social e rotineira. E os juros podem ficar altos na terceira idade!

Será que alguns pagam mais juros do que outros?

Dependendo de onde se trabalha, paga-se mais juros!

Alguns locais, alguns trabalhos ou a respectiva fase (início, consolidação ou rotina) de um trabalho pode tornar os juros maiores para quem participou.

E a salubridade das empresas e das atividades? Em que condição chegam os trabalhadores jovens dentro dos seus primeiros trabalhos e como estarão na aposentadoria?

E a tripla jornada de trabalho para as mulheres - quem faz descontos para mulheres cansadas, sem ilusões?

E as regras morais para as mulheres e homens,  serão iguais ou diferentes? E para os artistas e celebridades, os quais casam-se e descasam com grande facilidade e várias vezes?

Em síntese, só com a maturidade é que entendemos que viver custa caro pois cada indivíduo custa muito ao Planeta e à Sociedade, como um todo. Nisso, cada qual contribui, voluntariamente, como melhor puder.

Não atrapalhar e não fazer bobagens pode trazer um grande lucro por si só embora não dê margens de intervenção para os que vivem das bobagens dos "fora da lei".

O envelhecimento das pessoas é tributo natural, juros decorrentes de quem viveu e não se poderia comparar a vitalidade de jovens com pessoas de mais idade - cada qual apresenta um composto de vantagens e desvantagens.

Esse aspecto contábil da vida é importante de se entender,  importante de se avaliar, desde jovens, destacar a finitude.

Vive-se o mito da juventude eterna, da potência ilimitada, extraindo o máximo dos jovens no trabalho, nas suas performances, nas concorrências, nas expectativas, nas exigências e até mesmo, para alguns, no risco das atividades.

Esse livro me parece muito importante para ser lido por profissionais de todas as áreas, inclusive para quem trabalha em SAC e Call Center devido a grande rotatividade de pessoas jovens nessa área.

O presente e o futuro! O envelhecimento das mulheres em comparação com a natureza mais tolerante com a estrutura física masculina.  As leis que procuram equiparar homens e mulheres farão um imenso estrago quando elas envelhecerem depois de terem trabalhado décadas, criado filhos e administrado suas casas.

Não podemos ser míopes na vida, precisamos tentar enxergar longe. Atribui-se muito valor ao aproveitar ao máximo, o momento atual, como se a vida fosse para ser vivida intensamente no Agora em detrimento do tempo futuro, do que está afastado de nossas vistas.

Por outro lado, não se pode privar de viver no dia de hoje dando apenas valor excessivo ao amanhã.

E se as leis mudam? E se as regras mudam? E se o que era tão punido há décadas, for liberado do ponto de vista de costumes sociais? Nesses últimos 10 anos quanta liberalidade de costumes, quantas variações de "casamentos"!

O quanto podemos equilibrar entre o hoje e o amanhã?

Quando eu faço um corte nos nossos vários aspectos da vida, trabalho, local de trabalho, gênero ao qual pertencemos, a sociedade onde vivemos, as demandas, nosso potencial de trabalho, nossa família e filhos, agregados, expectativas etc sempre concluo - vencedor(a) não é apenas relacionado à riqueza material  -  não se preparar para o futuro é uma miopia conceitual mas, apenas valorizar um futuro abstrato é uma hipermetropia igualmente perigosa pois para chegarmos aos 60 anos, 70 ou 80 anos teremos que renunciar a todos anseios dos nossos 20, 30, 40 e 50 anos com seus impulsos e  ilusões, acertos e erros? 

Existirá posição credora para os seres humanos, pagar agora para viver depois? O que garante que nossa renúncia no agora garantirá recebermos em retribuição no futuro?

Ninguém nos garante uma boa vida no futuro mesmo tendo sido maravilhosos(as) profissionais no passado ou maravilhosos pais e mães, atenciosos filhos e filhas, companheiros e companheiras amorosos (as).

Além dos vários aspectos analisados, essas perguntas são vitais quando decidimos ir para um primeiro local de trabalho ou mudar de local de trabalho após consolidar um nome e adquirir prestígio numa função.

A literatura mundial traz casos sérios de impactos para quem trocou de lado com grandes perdas pessoais numa aparente perspectiva profissional promissora e bem sucedida.

Quem fica mudando demais pagará um preço alto pelo resultado final - falta de especialização, falta de profundidade.

Ou quem faz mudanças drásticas como trabalhar no governo ou iniciativa privada e intercambiar, também paga um preço muito alto! Ter um único negócio ao longo de toda a vida permite  aprendizados e menores atritos.

Nem sempre os autores modernos de administração mencionam a importância da estabilidade, desse processo cumulativo de experiências.

A natureza dos juros na sociedade é aplicada e nem nos damos conta. O preço que pagamos pelas oportunidades que temos na vida também não nos damos conta.

Há um antigo ditado que diz "Não existe almoço grátis" e isso ainda que cruel parece ser a realidade.

A fábula de Pinocchio era construtiva e ainda não entendi porque caiu de moda.
Maria Lucia Zulzke, em 14 de janeiro de 2009, às 15:50 hs, em S.Paulo - SP - Brasil.

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