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Valor e Retro-alimentação: contribuição para a vida profissional ou pessoal; compartilhar e disponibilizar informações.































































































































terça-feira, agosto 10, 2010

O primeiro emprego, a gente nunca esquece! parte 9

Jornal da Tarde, 27 julho 1984 - pg 6
"vitória parcial"
Além de atender consumidores, diariamente, haviam convites para palestras na cidade de São Paulo ou em outros locais do país.

Da platéia podiam surgir intervenções ideológicas da direita ou da esquerda, na época, muito fortes. A proposta de fazer conscientização de consumidores era considerado um movimento da classe média e burguesa, portanto, tanto os técnicos apanhavam dos inflamados da direita ou da esquerda, e, pelas conhecidas argumentações: o povo quer alimentação, o povo quer comida, o povo não sabe ler, o povo não precisa desse tipo de aprendizagem...

Lembro, em meu livro: "num dos seminários realizados em Campinas, em 1980, sobre "Vida de Prateleira dos Produtos Alimentícios", um técnico do Ministério da Saúde recorreu ao velho chavão " a educação do povo mal lhe permite ler rótulos.Os produtos encontrados nos supermercados por atender uma camada mais privilegiada podem ter seus problemas solucionados a médio e longo prazo. Temos que nos preocupar é com a alimentação do povo."  -  livro "Abrindo a empresa para o consumidor -a importância de um canal de atendimento", Qualitymark Editora, edição 1997, pg 151

Muitos dos trabalhos baseavam-se em legislações das décadas anteriores, quando o Brasil começava sua fase de industrialização. É curioso poder observar o quanto se avança em melhorias no mercado, ao longo de uma, duas ou três décadas ou quando o foco em questão representa valor mundial - qualidade, direito dos clientes/consumidores. 

Atualmente, vez ou outra, encontro irregularidades em produtos alimentícios (ocorre) e preciso recorrer ao SAC da empresa - representantes trocam o produto com problemas ou sujeiras, um produto por outro, e podemos ser atendidos em casa se fazemos contato direto com o fabricante.

O primeiro emprego, realmente, a gente nunca esquece! E é uma satisfação saber que foi feita contribuição em momentos de grande incompreensão e resistência.

Maria Lucia Zulzke, em 10 de agosto de 2010, às 7:53am, em S.Paulo - Sp - Brasil.

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